A prática da integração nos faz
pensar sobre uma forma condicional de inserção em que depende do aluno,
ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação as opções do sistema
escolar, seja em uma sala regular, em uma classe especial ou mesmo em
instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se
mantém e nada se questiona do esquema em vigor. O vocabulário “
integração” é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou
um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos. A meta
primordial da inclusão é a de não deixar ninguém no exterior do ensino
regular, como ressalta uma das maiores defensoras da educação inclusiva
no Brasil, Maria Teresa Mantoan, “existe a necessidade de romper com o
velho modelo escolar, uma vez que se procura a inclusão e não a
integração.” As escolas inclusivas devem propor um modo de constituir o
sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos, e
que é estruturado em virtude dessas necessidades.
Com a capacidade de entender e reconhecer o outro que temos o privilégio
de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós, acolhendo
todos sem exceção, afinal a inclusão deve causar uma mudança de
perspectiva educacional. Como ressalta Mantoan “A perspectiva de se
formar uma nova geração dentro de um projeto educacional inclusivo é
fruto do exercício diário da cooperação e da fraternidade, do
reconhecimento e do valor das diferenças, o que não exclui a interação
com o universo do conhecimento em suas diferentes áreas”.
Além de tudo isso a educação inclusiva deve acontecer no âmbito
social, na aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada
pessoa, a convivência dentro da diversidade humana e a aprendizagem
através da cooperação. Vale ressaltar que estamos ainda em um processo
de transição da educação integradora para a educação inclusiva, mas
devemos contribuir para que esse processo se fecunde.
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